Receita da Colombo supera R$ 1 bilhão

O grupo Usina Colombo, de Ariranha (SP), dono da marca de açúcar Caravelas, faturou seu primeiro bilhão, após quase sete décadas de atividade. A empresa, com três usinas de açúcar e álcool, alcançou no ano de 2010 uma receita bruta de R$ 1,048 bilhão, alta de 36% em relação aos R$ 768,8 milhões registrados no ano de 2009.

Para este ano, a empresa espera que o faturamento suba para algo próximo de R$ 1,2 bilhão. "Os preços estão ainda melhores", afirma Gilberto Colombo, diretor do grupo, referindo-se às cotações do açúcar.

Em 2010, o lucro da companhia, fundada em 1943 ainda como uma empresa de aguardente, também cresceu. O resultado líquido foi de R$ 155,2 milhões, 29,65% mais do que os R$ 119,7 milhões registrados em 2009.

Os preços recordes do açúcar, tanto no mercado interno – para onde a Colombo vende 80% de sua produção – como no externo, foram decisivos para o bom desempenho da companhia.

Capitalizada, a empresa há anos mantém a estratégia de produzir etanol em seis meses e vender em 12 meses, sobretudo na entressafra, quando os preços ficam mais atrativos. "O álcool também nos trouxe uma excelente remuneração", observa Gilberto Colombo.

O crescimento da receita da Colombo também foi impulsionado pela produção adicional de açúcar vindo da terceira usina do grupo, a Santa Albertina, localizada na cidade paulista de mesmo nome. A unidade entrou em operação em 2009, apenas com etanol.

Foi em 2010, segundo o empresário, que a Santa Albertina começou a produzir açúcar, elevando o volume do grupo de 8,5 milhões de sacas (de 50 quilos) para 11,5 milhões de sacas. "Assim, o impacto em termos de produção foi maior em 2010, empurrando o nosso faturamento para cima", diz.

Com um endividamento (empréstimos e financiamentos) em 31 de dezembro passado de R$ 507 milhões – dos quais R$ 333 milhões de longo prazo -, a empresa estuda para este ano alongar a dívida que vence no curto prazo. Em comparação com 2009, os débitos da empresa cresceram 8%.

Também está no radar da companhia construir sua quarta usina, que já tem área com licença ambiental no município de Santa Clara (SP), região de Santa Fé do Sul, próximo da fronteira com Mato Grosso do Sul. Mas, antes, diz Colombo, a empresa quer ampliar a área de cana para atingir sua plena capacidade industrial, que é de moagem de 9 milhões de toneladas de cana-de-açúcar por safra.

Com gestão familiar, a empresa planta 100% da cana que utiliza em suas três usinas, todas em São Paulo. Nesta safra, 2011/12, mesmo com o clima adverso para a cana, a moagem do grupo deve ser de 7,5 milhão de toneladas, um pouco maior do que as 7,2 milhões de toneladas registradas na temporada anterior.

"Acredito que em 2012 ou 2013 estaremos usando toda a capacidade da usina. Estamos expandindo área", afirma. Neste ano, a empresa já plantou 18 mil hectares, dos 20 mil planejados.
 

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