Biocombustível reforçaria segurança alimentar em países pobres, diz FAO

O investimento em biocombustível pode ajudar a aumentar a segurança alimentar nas economias rurais ao estimular a criação de empregos e elevar a renda, disse nesta terça-feira, 17, a Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura (FAO).

A posição da entidade reforça a dos que defendem a produção de etanol e biodiesel. O debate a respeito do uso de terras agrícolas para a produção de combustíveis “verdes” se intensificou neste ano, depois que os preços dos alimentos atingiram recordes de alta em fevereiro.
Alguns críticos argumentam que a expansão de terra dedicada à produção de biocombustíveis eleva ainda mais a pressão sobre os recursos agrícolas. Outros defendem que a iniciativa pode incentivar o desmatamento nos países em desenvolvimento, liberando mais carbono na atmosfera do que é compensado pela queima do etanol ou do biodiesel.

Mas a FAO disse que, se administrados com responsabilidade, o cultivo de biocombustíveis pode realmente desencadear investimentos necessários em infraestrutura agrícola e de transporte em áreas rurais.

“Feito corretamente e, quando apropriado, o desenvolvimento da bioenergia oferece a oportunidade de impulsionar o investimento e o emprego em áreas que estão literalmente morrendo de fome”, disse Heiner Thofern, que dirige o projeto de Bioenergia e Segurança Alimentar da FAO. Ele citou o crescimento de mercados potenciais de exportação para os produtos da bioenergia, como a Europa, o que daria aos países em desenvolvimento novas oportunidades comerciais.

A fim de ajudar os governos a avaliar a viabilidade do desenvolvimento da bioenergia e os impactos na disponibilidade de alimentos, a FAO desenvolveu uma estrutura para ajudar os formuladores de políticas pesar os prós e contras do setor. “Nosso objetivo é ajudá-los a tomar decisões ponderadas sobre se o desenvolvimento da bioenergia é uma opção viável”, disse Thofern. As informações são da Dow Jones.

Fonte: Ana Conceição, da Agência Estado, por 17 de maio de 2011

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