Programa da Petrobras financia R$ 327 milhões para fornecedores

Os financiamentos bancários a fornecedores da Petrobras cresceram 23,4% entre julho e ontem e atingiram R$ 327 milhões, segundo balanço do programa Progredir divulgado pela estatal.

Ao todo, foram 56 contratos dos bancos com as empresas que fornecem diretamente à estatal ou que são terceirizadas das contratadas. Outros 110 contratos estão sob análise pelos bancos.

O Progredir permite ao fornecedor da Petrobras obter financiamentos com os seis bancos credenciados e obter recursos com taxas de juros reduzidas e custos até 20% menores que os comuns.

Segundo o diretor financeiro e de relacionamento com investidores da Petrobras, Almir Guilherme Barbassa, o programa terá continuidade para aumentar a competitividade das empresas.

O objetivo, segundo ele, é oferecer condições aos fornecedores e, assim, aumentar a porcentagem de conteúdo nacional nos investimentos da empresa, considerado um gargalo pelo setor.

Atualmente, o conteúdo nacional em qualquer investimento da empresa tem de ser superior a 65%. Porém, a falta de empresas especializadas na área do petróleo pressiona a importação por conteúdo estrangeiro.

Lançado oficialmente em junho, o programa passou por uma fase de testes entre setembro do ano passado e maio de 2011. No período, apenas empresas convidadas da Petrobras participaram do programa de financiamento.

Limite

Os contratos dos fornecedores com os bancos são limitados a 50% do valor do negócio com a Petrobras por causa das garantias de recebimento. Em caso de calote, o pagamento da estatal é direcionado ao banco.

Hoje, 750 empresas estão inscritas no programa. Segundo Barbassa, 14 mil fornecedores estão credenciados na Petrobras. Ao todo, a estatal tem R$ 500 bilhões em contratos com fornecedores.

Os bancos que participam do programa -Banco do Brasil, Bradesco, Caixa Econômica Federal, Itaú, HSBC e Santander- não informaram as taxas de juros por ser uma ação de concorrência.

Os diretores dos bancos que participaram do balanço do programa afirmaram que têm outras linhas de financiamento para setores produtivos, mas não nos moldes do oferecido pelo Progredir, e consideraram a iniciativa pioneira, de forma a ser seguida por outros setores industriais.

 

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