Sindalquim participa de audiência para debater fechamento de caixas eletrônicos

O Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias Farmacêuticas, do Álcool e Químicas de Rio Preto e Região (Sindalquim) participou ao lado do Movimento Sindical Unificado (MSU) de audiência pública, na quarta-feira (05) , na Câmara de Rio Preto para discutir o fechamento de caixas eletrônicos à noite, nos finais de semana e feriados. O diretor de negócios da Federação Brasileira de Bancos (Febraban), Leandro Vilain, afirma que a lei que exige segurança 24 horas nas agências não será cumprida. Depois de duas horas de debates, a audiência terminou sem acordo.  “Queremos que o trabalhador seja respeitado e que os caixas abram normalmente como vem sendo durante os últimos anos, das 6 até às 22 horas”, afirmou o presidente do Sindalquim, Almir Fagundes. Os diretores do Sindalquim Erico, Ilson e Nilson participaram do encontro na Câmara.
 
Os bancos instalados em Rio Preto já receberam mais de R$ 13 milhões em multas. O diretor afirmou que “ou o horário de funcionamento de caixas muda ou os próprios bancos vão fechar as portas”. “A lei em vigor afirma que, depois de multas, haverá suspensão do alvará de funcionamento”, disse. A autora da questionada lei, Alessandra Trigo (PSDB), rebateu argumentos da Febraban de que exigir vigilante armado em caixas vai aumentar a insegurança e colocar em risco vida de moradores e dos vigias.
 
A Federação alega que os profissionais armados atrairiam criminosos interessados em roubar as armas dos vigias. “Fiz a lei para dar maior segurança para a população Entendo que a lei pode ser cumprida”, afirmou a vereadora. Apenas oito dos 17 vereadores participaram da audiência. Marco Rillo (PT) também defendeu o cumprimento da lei, assim como outras medidas de segurança, como mais câmeras nas agências. O diretor da Febraban pediu “humildemente” a “reconsideração da obrigatoriedade de segurança”.
 
Paulo Pauléra (PP) afirmou que a Câmara deve esperar 30 dias para ver se bancos fecham os caixas mesmo, como pretendem fazer até dia 17 deste mês. Dourival Lemes (sem partido) discordou. “É temerário esperar”, disse. Trigo admite rever horário da exigência, mas é contra revogar a lei. O presidente da Câmara, Fábio Marcondes (PR), afirmou que uma “solução” deve ser tomada em 30 dias. “Precisamos chegar a um consenso conversando vereadores e bancos”, disse.

Deixe um comentário