Moema Bunge insiste em oferecer somente 7% de aumento salarial

A direção do Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias da Fabricação de Álcool Químicas e Farmacêuticas de São José do Rio Preto – SP e Região – Sindalquim – realizou na noite desta segunda-feira (18/07) muito fria e manhã de terça-feira (19/07) assembleia na Usina Moema Bunge, na cidade de Orindiúva/SP, para informar aos trabalhadores sobre mais um desrespeito da empresa. O Sindalquim esteve presente com nove diretores e contou com a participação do secretário geral da Fequimfar e presidente do Sindicato dos Químicos de Bauru, Edson Dias Bicalho. A empresa, uma das maiores multinacionais do país, insiste em oferecer somente 7% de aumento salarial aos seus trabalhadores e atrapalha a negociação do acordo coletivo de trabalho do setor do álcool/etanol de 2016/2017. O Sindalquim descartou a proposta e informa que fechou até o momento 12 acordos coletivos de trabalho com outras empresas da base, com o percentual de 9,83%.

Seguindo o mesmo pensamento desrespeitoso, a usina Guarani, de Tanabi/SP, oferece o mesmo percentual de reajuste de 7% e por falta de consenso e diálogo não restou outra alternativo a não ser distribuir dissidio coletivo de natureza econômica junto ao TRT de Campinas/SP. “Se os trabalhadores aceitam esse percentual a perda será de 2,83%, o que significa aproximadamente, na média salarial dos trabalhadores que ganham cerca de R$ 2 mil, uma perda de R$ 755, de maio de 2016 até abril de 2017. Sem contar décimo terceiro salário, férias e encargos trabalhistas”, comenta o presidente do Sindalquim, Almir Fagundes. 

Fagundes informa que a categoria está unida. “Estamos unidos e vamos continuar conscientizando os trabalhadores. Uma multinacional como a Bunge pode virar curtume amanhã, querendo tirar o couro dos trabalhadores. Sabemos que existe pressão da direção da empresa para que os trabalhadores aceitem esse percentual, mas, se for necessário, vamos tomar atitudes cabíveis e legais em benefício da categoria. Continuaremos mantendo contato com o trabalhador, por meio de assembleia, com carro de som, e boletins informativos”, afirmou Fagundes. A data base da categoria é 1º de maio.
“Sempre são as mesmas empresas, as multinacionais que acabam dificultando as negociações. Nesse ano, decidimos radicalizar e vamos agir dessa maneira. Eles precisam respeitar mais os trabalhadores. Eles lucram, assim como as outras empresas e porque não querem oferecer o que as outras oferecem? Se estão aqui no Brasil é porque estão ganhando dinheiro. Se não estivessem teriam ido embora. Então precisam respeitar os trabalhadores e trata-los com dignidade”, afirmou o secretário da Federação, Edson Dias Bicalho.

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