Grupos avançam sobre usinas de álcool na região

A Bunge Limited anunciou na que completou a aquisição de participações do Grupo Moema de usinas de cana-de-açúcar no Brasil. Com o fechamento anunciado, a Bunge agora detém 100% de três usinas (Moema, Frutal e Ouroeste), 70% de uma quarta (Guariroba) e aproximadamente 44% de uma quinta (Itapagipe).

A Bunge emitiu aproximadamente 9 milhões de ações ordinárias no fechamento. O número final de ações a ser emitido aos vendedores está sujeito a um ajuste pós-fechamento que se baseará no endividamento líquido e no capital de giro das usinas no fechamento.

A Bunge espera finalizar a aquisição das participações remanescentes nas usinas Guariroba e Itapagipe nos próximos dias. Ações adicionais serão emitidas por conta destes fechamentos. Na finalização das transações, a Bunge terá 100% de cinco usinas do Grupo Moema, com uma capacidade total de moagem de cana-de-açúcar de 13,7 milhões de toneladas. A empresa não assumirá qualquer participação acionária na Usina Vertente.

Equipav

O processo que irá definir qual companhia será a nova controladora majoritária na Equipav Açúcar e Álcool deve ser finalizado ainda este mês, de acordo com relato de uma fonte ligada às negociações. Sócios do grupo sucroalcooleiro que controla as usinas paulistas Equipav (em Promossão) e Biopav (Brejo Alegre) aceitaram vender mais de 50% da participação, desde que as decisões sobre qualquer assunto na companhia – como novos projetos, aumentos de capital e investimentos – sejam compartilhadas e unânimes.

O negócio está na fase de análise das propostas feitas pelas seis empresas interessadas nas unidades capazes de processar 10 milhões de toneladas de cana-de-açúcar nesta safra. O Grupo Cosan, e as multinacionais Bunge e Noble propuseram a de troca de ações por uma fatia na Equipav. Já indiana Shree Renuka Sugars e a parceria entre Rhodia e Vital Renewable Energy Company (VREC) teriam proposto o pagamento em dinheiro, o que teria agradado mais os acionistas.

“Até o final de fevereiro esperamos definir tudo e chegar a uma assinatura de um acordo para iniciarmos um processo de due diligence”, informou a fonte. A diretoria da companhia foi procurada, mas não se pronuncia sobre o assunto. No balanço, publicado em novembro do ano passado, a Equipav Açúcar e Álcool relatou uma dívida bancária de R$ 1,595 bilhão no exercício social de 2009, encerrado em 31 de março de 2009, alta de 55,72% sobre a dívida de R$ 1,024 bilhão de 2008. O valor chega perto do total de ativos da companhia, de R$ 1,99 bilhão e foi crucial na decisão inicial do Grupo Equipav negociar parte dos ativos do setor sucroalcooleiro.

Fonte: Diário da Região, em 10/02/2010

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