Tempo seco diminui a projeção da safra de cana

A falta de chuva levou a Unica (União da Indústria de Cana-de-Açúcar) a rever para baixo sua estimativa para a safra deste ano na região Centro-Sul do país.

No novo levantamento da entidade, divulgado ontem, a situação extrema da região de Ribeirão, que responde por cerca de 25% da produção, merece destaque.
O volume de chuva na região de maio a junho é o terceiro menor em 20 anos, de acordo com a Unica.

Na primeira projeção, estava prevista a moagem de 595,8 milhões de toneladas de cana no Centro-Sul.

Por causa da estiagem, o volume foi reduzido para 570,9 milhões, uma variação negativa de 4,31%. Até a primeira quinzena do mês de agosto, 59% desse volume já haviam sido processados.

A falta de umidade afeta o acúmulo de massa das plantas em desenvolvimento. Além disso, a safra será mais curta. Sem as interrupções na colheita causadas pela chuva, não haverá tempo para parte das mudas completar seu ciclo.

Serão retiradas em tamanho menor ou deixadas para a próxima safra, de acordo com o assessor técnico da Canaoeste (Associação dos Plantadores de Cana do Oeste do Estado de São Paulo), Oswaldo Alonso.

O impacto da seca, no entanto, não será maior do que o provocado na safra passada, pelo excesso de chuva. No período de colheita iniciado em 2009 foram moídas 541,9 milhões de toneladas de cana no Centro-Sul.

De acordo com o representante da Unica na região de Ribeirão, Sérgio Prado, apesar da quantidade menor de matéria-prima processada, o clima seco não está prejudicando a produtividade da safra, já que o teor de açúcar da cana se manteve em alta.

Fonte: Udop, em 27/08/2010

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