Indústria farmacêutica reduz jornada

A Federação dos Trabalhadores nas Indústrias Químicas e Farmacêuticas do Estado de São Paulo (Fequimfar), em reunião com os sindicatos filiados, entre eles o Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias da Fabricação de Álcool, Químicas e Farmacêuticas de Rio Preto e Região (Sindalquim), fechou uma convenção coletiva inédito que reduz a jornada semanal de trabalho de 42 para 40 horas semanais até 2010. A convenção coletiva deve ser assinado hoje (23/04) com os representantes das indústrias do setor no Estado de São Paulo. A partir de janeiro de 2009 será implantada a jornada semanal de 41 horas e a partir de dezembro do mesmo ano, o horário de trabalho para os funcionários do setor farmacêutico será reduzido para 40 horas por semana. “A Fequimfar e os sindicatos filiados representam cerca de 8 mil trabalhadores do setor no Estado, que vão receber ainda um reajuste salarial de 6,5% retroativo a 1º de abril data base da categoria”, disse Almir Aparecido Fagundes, presidente do Sindalquim.

A redução da jornada de trabalho para 40 horas semanais é hoje uma das principais bandeiras do movimento sindical. “Além de ampliar o tempo de descanso e de lazer dos trabalhadores, essa medida incentiva a criação de novas vagas. Uma empresa com 500 funcionários, por exemplo, com a redução de 2 horas na jornada semanal, perde 4 mil horas de trabalho em um mês. Esse serviço deve ser reposto por mais pessoas”, afirmou. Ele destaca que, inicialmente, esse acordo vale apenas para os trabalhadores do setor farmacêutico, e que a luta continua para a redução da jornada dos empregados em indústrias químicas. Segundo o Departamento Intersindical de Estudos e Estatísticas Sócio Econômicas (Dieese), se a redução na carga horária para 40 horas semanais ocorrer, conforme pedido de diferentes setores, cerca de 2,2 milhões de empregos diretos serão abertos no País.

Fonte: Diário da Região, por Fernando Campos, em 23/04/2008

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