Cerradinho vende 50% de suas três usinas

A Cerradinho vai anunciar na primeira quinzena de dezembro o nome da empresa do setor de combustíveis que adquiriu 50% das três usinas sucroalcooleiras pertencentes ao grupo em negócio estimado em R$ 800 milhões. Apesar da direção do grupo não confirmar, o Diário da Região apurou que a compradora foi a petrolífera britânica BP (ex-British Petroleum), que já conta com parte de unidade sucrolcooleira no Estado de Goiás.

De acordo com a assessoria de imprensa da Cerradinho, por hora, o grupo recusa-se a comentar o assunto. No entanto, é de conhecimento público que a Cerradinho negocia há vários meses aporte de capital com formação de nova parceira para honrar dívidas superiores a R$ 1,2 bilhão, segundo balanço da empresa publicado em abril. Parte da dívida começariam a vencer a partir de 2011.

Inicialmente, a Cerradinho pretendia vender 30% das unidades sucroalcooleiras do Interior paulista que produzem açúcar, etanol e bioenergia ou 50% da Usina Porto das Águas, em Goiás, que produz biocombustível e eletricidade. Com o fechamento da parceria, o grupo deve ganhar fôlego e teria conseguido renegociar os prazos de pagamento.

A petrolífera BP, que investiu nos últimos quatro anos US$ 1,5 bilhão em biocombustíveis, ampliaria a participação no mercado de etanol, entre 9 e 10 milhões de toneladas por ano com aquisição da metade das unidades industriais de Catanduva e Potirendaba, na região de Rio Preto, e em Porto das Águas, em Goiás.

O controle do grupo deve permancer com a família Fernandes. A parte agrícola da Cerradinho não foi negociada e continua pertencendo a Neide Fernandes, mãe do diretor presidente do grupo, Luciano Sanches Fernandes. A BP já é proprietária de 50% da Usina Tropical Bioenergia, em Goiás, com capacidade de processamento de 2,5 milhões de toneladas, totalizando cerca de 12 milhões de toneladas na quatro plantas.

Os demais 50% pertencem ao Grupo Maeda que foi negociada com o Veremonte Group, e a Louis Dreyfus Commodities. A petrolífera tem como estratégia adquirir apenas 50% dos ativos no setor sucrolcooleiro.

Fonte: Diarioweb, em 30/11/2010

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