Distribuidoras reajustam o preço do álcool

O preço do álcool teve nova alta nas usinas na semana passada, com reflexos nas distribuidoras. Ontem, o combustível já era vendido a R$ 1,10 no atacado – na sexta-feira passada, as distribuidoras comercializavam o etanol a R$ 1,01 o litro (alta de 8,9%). O álcool também subiu nas usinas. Segundo o indicador do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea), entre os dias 28 de abril e 2 de maio, o litro do hidratado teve aumento médio de 5,62%, com média de R$ 0,7659 o litro (sem impostos), contra R$ 0,7251 na semana anterior. Pesquisadores do Cepea apontam a paralisação da moagem por conta da ocorrência de chuvas em boa parte do Estado de São Paulo e a redução da oferta do produto no mercado como responsáveis pela alta de preços nas usinas. O aumento do consumo e da procura das distribuidoras pelo combustível, antes do feriado, também teriam influenciado a alta de preços na última semana.

Segundo o indicador Cepea, o combustível passou a remunerar 1% a mais que o açúcar na semana passanda, enquanto na semana de 22 a 25 de abril, o açúcar cristal apresentava vantagem de 6% sobre o combustível. Em relação ao álcool anidro, utilizado na composição da gasolina, o açúcar ainda remunerou mais, 1%. “Não sei como os preços vão ficar nos próximos dias. O consumo de álcool está muito grande e os caminhões não estão conseguindo carregar nas usinas. Em algumas regiões, como a de Presidente Prudente, já ocorrem problemas de abastecimento”, disse Roberto Uehara, presidente do Sindicato do Comércio Varejista de Derivados de Petróleo (Sincopetro). Ele também afirmou que os postos devem repassar essa alta de preços. Nenhum representante do Sindicato Nacional das Empresas de Combustíveis e Lubrificantes (Sindicom) quis se manifestar a respeito da alta de preços no atacado. Para Sérgio Prado, assessor da presidência da União da Indústria Canavieira (Unica) em Ribeirão Preto, a alta da semana passada foi circunstancial.

Petróleo

Os contratos futuros de petróleo fecharam ontem, pela primeira vez, acima dos US$ 120 por barril. Em Nova York, o petróleo WTI terminou o dia cotado a US$ 121,84 por barril, com alta de 1,56% com relação ao dia anterior. Já em Londres, o Brent foi negociado a US$ 120,31 por barril (+1,97%). O banco Goldman Sachs alertou ontem para o risco de as cotações atingirem os US$ 200 por barril em um prazo entre seis meses e dois anos.

Fonte: Diário da Região, em 07/05/2008

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