Centrais sindicais marcham em São Paulo pelos direitos trabalhistas

Centrais sindicais e movimentos sociais reuniram manifestantes nesta quarta-feira (3) na cidade de São Paulo para reivindicar a aprovação de leis relativas ao trabalho pelo Congresso Nacional. O evento atraiu 15 mil pessoas, segundo estimativa da Polícia Miltar. A organização do evento estima ter reunido mais de 40 mil manifestantes, segundo a assessoria da Força Sindical.

A passeata começou na Praça Charles Miller, em frente ao Estádio do Pacaembu, e seguiu em direção à Assembleia Legislativa, passando pela avenida Paulista. Por volta das 11h50, a passeata já estava na Avenida Paulista, entrando na avenida Brigadeiro Luís Antônio.

O grupo reivindica reduzir a jornada de trabalho para 40 horas semanais sem redução do salário, regulamentar a terceirização para garantir os direitos dos trabalhadores, e acabar com o fator previdenciário -cálculo que reduz os benefícios de quem se aposenta mais cedo, por tempo de contribuição.

O movimento pede também que o Congresso ratifique as convenções 158 e 189 da Organização Internacional do Trabalho (OIT) -a primeira, contra a demissão de funcionários sem motivo, e a segunda regulamenta as condições dos trabalhadores domésticos no mundo, igualando seus direitos aos dos demais trabalhadores. As centrais sindicais pedem ainda a regulamentação da Convenção 151 da OIT, que estabelece o direito de organização e negociação coletiva dos servidores públicos.
 
É necessário que o Congresso Nacional ratifique as convenções da OIT para que elas tenham validade.

"Devemos nos mobilizar e lutar para que nossas reivindicações sejam atendidas", disse Paulo Pereira da Silva, presidente da Força Sindical.

Além das reivindicações referentes ao mercado de trabalho, o movimento ainda pede mudanças na política econômica: reduzir os juros, conquistar o desenvolvimento com valorização do trabalho, distribuir renda e fortalecer o mercado interno.

A lista de exigências inclui também a realização das reformas agrária e urbana, a garantia de 10% do Produto Interno Bruto (PIB) e de 50% do Fundo Social do Pré-sal para a educação, e defende a "soberania nacional e autodeterminação dos povos".

Entre os organizadores do ato estão a Força Sindical, a Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB), a Central Geral dos Trabalhadores do Brasil (CGTB), a União Geral dos Trabalhadores (UGT) e a Nova Central. Participam também movimentos sociais, como o Movimento dos Sem Terra (MST) e a União Nacional dos Estudantes (UNE).

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