Petrobras pretende avançar em parcerias com usinas de cana

A Petrobras reservou US$ 1,94 bilhão do novo plano de negócios para tentar quadruplicar sua produção de etanol. Até 2015, a intenção é produzir 5,6 bilhões de litros, ante 1 bilhão de hoje, e assumir 12% do share (participação) do mercado, que hoje é de 5,3%.

Para isso, a estratégia da empresa é avançar nas parcerias com grupos sucroenergéticos consolidados e investir em novas usinas na proporção de 70% da reserva financeira, afirmou o presidente da Petrobras Biocombustível, Miguel Rossetto.

Nas parcerias com os grupos São Martinho, por meio da joint-venture Nova Fronteira, Tereos (controladora da Açúcar Guarani) e Total Agroindústria Canavieira, o objetivo é construir novas destilarias e ampliar as unidades já existentes.

Segundo Rossetto, uma das medidas será ampliar a capacidade de produção da Destilaria São José, em Colina. A unidade começou a operar no mês passado com a expectativa de produzir até 107 milhões de litros.

A empresa pretende iniciar as atividades no greenfield (projeto de implantação de usina) Bom Jesus, controlada pela Nova Fronteira, e ampliar a moagem na Usina Boa Vista, em Quirinópolis (GO) para até 6 milhões de toneladas de cana. Para este ano, a estimativa é moer 2,350 milhões de toneladas.

Para o representante da Unica (União da Indústria de Cana-de-Açúcar) em Ribeirão Preto, Sérgio Prado, os investimentos no setor são importantes para ampliar a produção, dar solidez e garantir atendimento ao mercado nacional de combustível.

No plano anterior, a Petrobras também reservou a mesma quantia: US$ 1,9 bilhão. Do total, R$ 700 milhões serão destinados para investimentos na Nova Fronteira, enquanto R$ 767,4 milhões para a Tereos e R$ 150 milhões na Total.

ETANOLDUTO

A Petrobras prevê ainda investimentos de US$ 1,3 bilhão na implantação do etanolduto, que vai ligar regiões produtoras a consumidoras e aos portos de São Sebastião (SP) e do Rio de Janeiro.

Dessa forma, a Lógum, empresa formada pela Petrobras em parceria com outras gigantes do setor, terá capital de R$ 6 bilhões para a obra.

Segundo a empresa, o plano é o sistema sair de Goiás, passar por Uberaba (MG), Ribeirão, Paulínia e São José dos Campos, e chegar aos portos de São Sebastião e o Rio de Janeiro.
 

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