Setor alcooleiro “importa” trabalhador

Diante da recorrente dificuldade de encontrar mão de obra para atuar nas lavouras de cana-de-açúcar, as usinas sucroalcooleiras da Região Noroeste do Paraná estão optando por "im¬¬portar" trabalhadores de outras localidades e até mesmo de outros estados. A busca é, principalmente, por pessoas dispostas a suar no corte da cana-de-açúcar.

"Falta tanto mão de obra especializada como trabalhadores para as atividades braçais. Muitas empresas estão trazendo nordestinos, principalmente do Ceará e da Bahia", diz Clau¬¬demir Domingos Lansa, presidente do Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Rondon.

Na Companhia Agrícola Usina Jacarezinho, instalada no município de mesmo nome, parte dos 1,5 mil trabalhadores empregados no período de safra (fora da colheita, o número diminui para 1,1 mil) é oriunda das cidades vizinhas de Santo Antônio da Platina e Abatiá.

"Há cinco anos, quando se colocava anúncio, o número de candidatos era grande e chegávamos a fazer seleção. Hoje, há dificuldade de encontrar trabalhador por conta do aquecimento da economia", explica José Carlos Fagnani, gerente administrativo e financeiro da unidade. "O jeito é trazer de outros municípios", complementa. A usina tem um sistema de transporte que busca e leva os trabalhadores de outras cidades.

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