Produção agrícola da região soma R$ 5,3 bi

A cana-de-açúcar foi o produto mais expressivo no Valor de Produção Agropecuária (VPA) de 2007 nos dois pólos da região de Rio Preto, o Centro Norte (Pindorama) e o Noroeste Paulista (Votuporanga) com R$ 1,94 bilhão. Os dois pólos da Agência Paulista de Tecnologia dos Agronegócios (Apta) abrangem 122 municípios e somados atingiram R$ 5,37 bilhões o que corresponde, aproximadamente, a 17% do VPA paulista no ano passado. Levantamento do Instituto de Economia Agrícola (IEA), ligado à Agência Paulista de Tecnologia dos Agronegócios da Secretaria de Agricultura e Abastecimento, mostra que o resultado se repete em 10 dos 16 pólos do Estado. O trabalho apresenta a composição da produção agropecuária dos pólos por meio da soma do valor ou receita bruta dos produtos de cada uma das regiões. Foram considerados 50 produtos, dos quais 42 de origem vegetal e oito de origem animal. Eles foram divididos nos grupos: produtos animais, grãos e fibras, oleirícolas, frutas frescas e produtos vegetais para indústria.

O pólo regional Centro Norte, com sede em Pindorama e que abrange 51 municípios, ficou em segundo lugar no ranking estadual (entre 16 pólos) no VPA 2007. O valor total ficou em R$ 3.172,963. 131, o que representa 10% do registrado no Estado de São Paulo (R$ 31.859.935.585). O produto com maior valor regional foi a cana-de-açúcar, que obteve R$ 1.229,97 milhão, o que corresponde a 38,8% do VPA da região. Em seguida, aparecem as frutas frescas, que totalizaram R$ 763.556,916 e representam 20,6% do VPA. Outra participação importante é dos produtos para indústria, que somaram R$ 1.834.808,446 e representam 12% do total. No Pólo Regional Noroeste Paulista, com sede em Votuporanga e que compreende 71 municípios, o VPA total foi de R$ 2.203.357.762, o que coloca o pólo em nono lugar entre os 16 do Estado. Assim como no Centro Norte, a cana-de-açúcar foi o produto com maior valor dentro do desempenho. Totalizou R$ 719,78 milhões, o que significa 32,7% do montate. Em segundo lugar aparecem os produtos animais, que registraram R$ 811.967.226, ou seja, 9,7% do VPA da região. Com 6,6% do total, os produtos para a indústria ficam em terceiro no ranking regional, com R$ 1.006.442.649.

Segundo Antonio Lucio Mello Martins, diretor do Pólo Centro Norte, a diversidade traz ganhos ao agricultor, daí ser considerada boa notícia a participação de outras culturas que não apenas a cana. “O agricultor tem mais segurança17 – 3522-9026/ 3522-8019 no negócio, a rentabilidade em pequenas áreas é melhor e os produtores familiares têm mais condições de atuar do que com a cana, que exige grandes investimentos em maquinários”, diz. Uma alternativa interessante para apostar na diversidade é a fruticultura, como manga, goiaba, limão e laranja. “Mas vale lembrar que o cultivo exige maiores cuidados e um estudo de mercado precisa ser feito antes de se plantar frutas frescas”, diz.

O VPA do Estado de São Paulo em 2007 atingiu R$ 31,8 bilhões, tendo a cana-de-açúcar como o seu principal produto, com participação de 36,0% do valor total. A participação dos grupos de produtos foi a seguinte: produtos para indústria, com 47,8%; produtos animais, com 26,2%; frutas frescas, com 11,7%; grãos e fibras, com 9,4% e olerícolas, com 4,9%. Segundo Sérgio Torquato, pesquisador do IEA, apesar da grande presença da cana no Estado, a agricultura se mantém diversificada. Além disso, com a queda no preço da cana, houve leve redução do valor, que caiu de cerca de R$ 14 bilhões, em 2007, para aproximadamente R$ 11 bilhões, em 2007. “Culturas que tiveram melhor rentabilidade como laranja, milho, soja e a atividade pecuária ocuparam mais espaço”.

Fonte: Diário da Região, em 04/08/2008

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