Petrobras vai testar álcool para gerar energia elétrica

A Petrobras inicia no próximo dia 21 testes com álcool combustível para gerar energia elétrica, na usina termelétrica de Juiz de Fora (MG). Serão três meses utilizando o combustível renovável em uma das turbinas da usina.

A diretora de Gás e Energia da estatal, Maria das Graças Foster, disse que o uso do álcool na geração de energia pode acelerar as exportações do produto por parte da companhia.

O uso do álcool para gerar energia pode passar a ser uma oportunidade de negócio, com a venda para outros países. Sem contar o benefício ambiental de se utilizar um combustível menos poluente, afirmou a executiva, em entrevista coletiva, na sede da Petrobras.

A usina tem duas turbinas, com capacidade de geração de 45 MW (megawatts) cada. Uma delas foi convertida para poder utilizar álcool e gás. A executiva admitiu que a opção pelo gás é a mais barata, mas que o álcool pode ser uma opção viável, em termos de economicidade.

Vamos usar álcool para gerar energia se houver condições, do ponto de vista econômico. Vamos iniciar os testes, observou.

Capitalização

O diretor financeiro da Petrobras, Almir Barbassa, informou que a estatal não planeja novas captações em 2010, principalmente se a capitalização da empresa atingir R$ 10 bilhões.

Nossa situação está tranquila, do ponto de vista de recursos para fazermos nossos investimentos, declarou.

A Petrobras espera receber ainda em dezembro a primeira parcela dos US$ 10 bilhões referentes ao empréstimo obtido junto ao Banco de Desenvolvimento da China.

O presidente da estatal, José Sergio Gabrielli, ressaltou que a execução do plano de investimentos da companhia segue em ritmo acelerado, este ano. Segundo ele, certamente a previsão de R$ 60 bilhões será ultrapassada. A previsão para o ano que vem ainda não foi fechada, acrescentou.

Sobre o custo dos investimentos da empresa, Gabrielli comentou que a Petrobras não conseguiu obter uma redução média dos preços abaixo do que se desejava, mas que o resultado final foi satisfatório.

Queríamos ter uma redução maior, mas em alguns equipamentos específicos para águas profundas, por exemplo, foi difícil baixar preços. Mas houve quedas relevantes, sim, completou.

Fonte: Folha de SP, em 08/12/09

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