IBGE: Produção industrial tem melhor leitura desde 1986

A produção industrial brasileira declinou 0,7% na passagem de novembro para dezembro de 2010, na série com ajuste sazonal. Perante dezembro de 2009, contudo, o indicador teve alta de 2,7%. No acumulado de 2010, a indústria cresceu 10,5%, com contribuição da maioria dos setores avaliados. “Vale destacar que esse resultado não só reverteu a queda de 7,4% observada em 2009, mas também apontou o índice mais elevado desde os 10,9% registrados em 1986”, informou o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Com dois dígitos de expansão em 2010 apareceram, por exemplo, veículos automotores (24,2%), máquinas e equipamentos (24,3%), metalurgia básica (17,4%), indústrias extrativas (13,4%), outros produtos químicos (10,2%), produtos de metal (23,4%) borracha e plástico (12,5%) e bebidas (11,2%).

O IBGE informou que a produção industrial teve crescimento mais forte no primeiro semestre do ano passado (16,2%) do que no seis meses seguintes (5,6%), considerando o confronto com mesmo intervalo de 2009. Isso se deveu à baixa base de comparação por causa dos efeitos da crise econômica internacional no fim de 2008 como também ao “menor dinamismo do setor industrial no último trimestre de 2010 (3,3%)”.

Por categorias de uso, bens de capital subiram 20,8% em 2010, bens intermediários tiveram alta de 11,4%, bens de consumo duráveis aumentaram 10,3% e bens de consumo semiduráveis e não duráveis registraram incremento de 5,2%.

De novembro para dezembro do ano passado, ficaram entre segmentos com queda na produção material eletrônico e equipamentos de comunicações (-13,3%), metalurgia básica (-4,2%), edição e impressão (-2,5%), celulose e papel (-1,5%) e farmacêutica (-1,5%). Em sentido oposto, verificaram avanço máquinas e equipamentos (1,8%), outros produtos químicos (1,5%) e minerais não metálicos (2%), por exemplo.

Ainda na base mensal, considerando as categorias de uso, bens de capital declinaram 0,5%, bens de consumo duráveis caíram 0,6% e bens de consumo semiduráveis e não duráveis encolheram 0,4%. Bens intermediários tiveram estabilidade.

Fonte: Valor, em 01/02/2011

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